NFT e Blockchain: o que preciso saber?
A febre dos NFTs no mundo das celebridades trouxe a atenção de todos para esse novo mercado. O processo de digitalização está cada vez mais acelerado, uma confirmação para isso é o próprio Metaverso, onde você “vive” uma “nova vida” nesse universo, e podendo também adquirir seus NFTs por lá.
O conceito de blockchain (ou cadeia de dados) surgiu em 2008 e representa, basicamente, uma forma de validar uma transação ou registro. Desenvolvido para dar mais segurança às transações digitais, o blockchain é a inovação que está por trás da moeda digital (Bitcoin, a Litecoin ou Ethereum.)
E como funciona o blockchain?
Para entender esse novo universo vamos te ajudar a decodificar todos esses dados! Vamos nessa?!
As informações do Blockchain são armazenadas em blocos de dados, cada bloco contém uma espécie de assinatura digital chamada de “hash”. Essa assinatura funciona semelhante a nossa impressão biométrica, garantindo em criptografias a segurança de suas informações. Com isso, os blocos de dados não conseguem ser violados facilmente. Quando um novo bloco é criado, além de possuir uma “hash” ele também carrega a assinatura do bloco anterior, sendo assim, uma sequência que torna as transições mais seguras e dificulta (e muito) a vida dos hackers. Os dados de todas as transações são gravados num “livro-razão” nomeado de Leadger. Todas as informações sobre as transações constam nesse livro-razão, de quanto, até para quem você fez as transações, contendo apenas um código com letras e números. Ufaaa, acho que conseguimos te ajudar a decifrar um pouco mais sobre o Blockchain.
NF…o que mesmo?
Agora que já sabemos o conceito do Blockchain vamos adentrar no terreno fértil dos NFTs. NFT é uma sigla para “Non-fungible Token” que, em tradução livre, seria algo como “Token não-fungível”.
Um token, no universo das criptomoedas, é a representação digital de um ativo (como dinheiro, propriedade ou obra de arte) registrada em uma blockchain. Exemplo: se uma pessoa tem o token de uma propriedade, significa que tem direito aquele imóvel – ou parte dele.
Já bens fungíveis, de acordo com o Código Civil Brasileiro, são aqueles “que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade”. Exemplo: Uma nota de R$ 200 é fungível, já que é possível trocá-la por duas de R$ 100. A pintura “Guernica”, do pintor Pablo Picasso, por outro lado, não é fungível, pois é única e não pode ser trocada por outra igual.
Esse é o conceito por trás de NFTs: eles são como um tipo de assinatura digital que transforma qualquer tipo de mídia digital (um GIF ou JPEG, fotos, vídeos, mensagens, domínios de sites, arquivos de áudio etc.) em um bem não-fungível.
O funcionamento da tecnologia das NFTs é bem parecido com o do Blockchain. Tendo a natureza descentralizada do Blockchain, há uma grande margem de segurança com as informações armazenadas sendo praticamente invioláveis, o que encoraja o surgimento de um mercado em torno das NFTs, assim como já existe para as criptomoedas.
As NFTs vem ganhando bastante destaque no meio das obras de artes digitais. Se o criador da obra achar necessário definir sua autoria, ela pode ser atrelada a um NFT como forma de resguardar sua originalidade na expectativa de comercialização.
11 bilhões em movimentações em 2021
O Levantamento sobre as transações no mercado mostra que somente no primeiro trimestre de 2021 os NFTs foram responsáveis por movimentar US$ 508,9 milhões no mercado crypto. Este número saltou para US$ 754,3 milhões já no segundo semestre de 2021, um expressivo crescimento de 48,2% ainda no primeiro semestre. Esses ativos digitais movimentaram US$ 10,7 bilhões entre os meses de agosto a setembro.
O NFT mais caro da história é na verdade uma série de NFTs. o renomado artista digital Pak, cujas as suas obras movimentaram mais de US$ 350 milhões , criou The Merge como um token de múltiplos donos. Apenas 28+983 pessoas (esse número pode ter subido desde o fechamento da redação) compraram suas mais de 312 mil cotas, somando mais de US$ 90 milhões. Juntas elas formam o que Pak chama de “massa”, fazendo dele o artista vivo com a obra mais valiosa da história, superando o quadro Rabbit, criado por Jeff Koon em 1986 e que foi vendido por US$ 91 milhões.
NFT, metaverso e o futuro da internet
O termo metaverso foi cunhado pelo escritor americano Neal Stephelson, que no ano de 1992 usou a palavra para descrever um mundo virtual em que avatares habitavam em seu livro “Nevasca”. Ficou popularizado quando o Facebook mudou seu nome para Meta Plataforms criando essa alusão ao metaverso, podemos comprar também com os filmes da Marvel Studios que buscam explorar também esse tema.
O metaverso ganha, aos poucos, cada vez mais espaço. como podemos ver em no jogo Fortinite, um dos games mais populares, com mais de 350 milhoes desuários ativos no mundo, onde participam de batalhas com até 100 Jogadores por meio de avatares e com comunicação em tempo real. Isso despertou interesses de várias empresas que vendem os NFTs de roupas e calçados para esses avatares, como a Nike fez recentemente na compra da RTFKT, empresa que fabrica tênis virtual, para serem adquiridos no metaverso.
O metaverso ainda está em formação. A imersão nesse mundo depende da capacidade das empresas ao elaborar simulações digitais convincentes. Um dos pontos importantes para isso é a elaboração dos dispositivos, que precisam ser acessíveis e confortáveis. O próprio Facebook, por exemplo, adquiriu a marca Oculus, tendo que agora rebatizar o dispositivo
A Consultoria canadense Emergen Research prevê que o mercado relacionado ao metaverso crescerá numa taxa anual de 43,3% entre 2021 e 2028, atingindo US$ 828,95 bilhoes ao fim do período.
E Não pense que é são somente as “Big Techs” que estão criando esse mercado. Assim como a Nike, outra marca de roupas que fez muito sucesso foi a Dolce & Gabbana, em setembro de 2021 ela leiloou uma coleção High Fashion, chamada de Collezione Genesi, pelo equivalente US$ 5,7 milhões. A expectativa é que os NFTs se tornem a forma prioritária de negociar no metaverso.
Como comprar NFTs?
O processo de compra é bem simples. O primeiro passo é criar cadastro numa plataforma, ter fundos em criptomoedas, ou uma Wallet (carteira) como é chamado no mundo cripto e adquirir o NFT. Cada marketplace tem suas características aceitando diversos ativos diferentes, por isso estude bem a plataforma antes de cair de cabeça nesse mundo. Segue algumas plataformas para você conhecer:
OpenSea é um marketplace baseado na rede do Ethereum.
Binance é a maior corretora do mundo em valor de mercado e possui um marktplace chamado de Binance NFT .
Mintable é um mercado de NFT sem taxa de rede.
9block é o marketplace brasileiro de NFTs e artes digitais.
Você tem uma baseada em blockchain ou até mesmo dentro do mercado das NFTs e não sabe como começar? O Programa Centelha pode ser o berço para sua ideia crescer! O programa oferece recursos financeiros via subvenção econômica (não necessita de reembolso), bolsas de apoio tecnológico, capacitação e suporte e acesso a comunidade empreendedores, investidores e mentores para ampliar seu networking.
Fontes:
Infomoney
Techmundo
Panoramarypto
Valor Econômico
Hypeness